Reviravolta no Caso de Deise Moura: Detenta Acusada de Envenenar Três Pessoas é Encontrada Morta na Prisão
Uma reviravolta dramática ocorreu na manhã desta quinta-feira (13) com a morte de Deise Moura dos Anjos, detenta da Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A mulher, acusada de matar três pessoas ao oferecer um bolo envenenado com arsênio, foi encontrada sem sinais vitais durante a conferência matinal dos agentes penitenciários.
Deise estava presa temporariamente enquanto aguardava julgamento pelo envenenamento, um crime que chocou o Rio Grande do Sul. Além das três vítimas, a morte de seu sogro, ocorrida meses antes, também estava sob investigação, pois havia suspeitas de que ele teria sido morto da mesma forma.
Segundo a Polícia Penal, agentes da unidade tentaram prestar os primeiros socorros e acionaram o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu). No entanto, ao chegar ao local, a equipe constatou o óbito. As primeiras informações indicam que o caso está sendo tratado como suicídio, embora a Polícia Civil tenha aberto um inquérito para esclarecer as circunstâncias da morte.
As autoridades afirmam que Deise não havia demonstrado sinais evidentes de sofrimento psicológico nos dias anteriores à sua morte. No entanto, a defesa da detenta já havia solicitado que ela fosse transferida para um hospital penitenciário para acompanhamento psiquiátrico, alegando que a pressão da prisão e as acusações pesavam sobre sua saúde mental.
O crime pelo qual Deise respondia causou grande repercussão na região. O envenenamento teria ocorrido em um encontro familiar, onde as vítimas consumiram o bolo fatal. Após as mortes, a perícia confirmou a presença de arsênio, um potente veneno, nos corpos das vítimas. Com isso, Deise foi presa preventivamente enquanto aguardava o andamento do processo.
A morte da detenta levanta questionamentos sobre as condições da penitenciária e a segurança dentro da unidade prisional. Algumas organizações de direitos humanos já se manifestaram, pedindo uma investigação detalhada para determinar se houve falha na vigilância ou omissão no monitoramento de seu estado de saúde.
A Polícia Civil deve realizar perícias na cela e aguarda o resultado do exame toxicológico para confirmar se a morte foi realmente por suicídio ou se há outros fatores envolvidos. Enquanto isso, familiares das vítimas seguem acompanhando as investigações e aguardam um desfecho para um dos crimes mais perturbadores dos últimos tempos no estado.