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TRUMP JÁ DECIDIU? Chega triste notícia sobre Bolsonaro foi comunicado que ele será d…Ver mais

A relação entre Jair Bolsonaro e Donald Trump sempre foi marcada por proximidade ideológica e alinhamento político. Durante seus mandatos, ambos demonstraram apoio mútuo e defenderam pautas semelhantes em áreas como economia, relações internacionais e segurança pública. Com a recente inelegibilidade de Bolsonaro até 2030, seus aliados apostam que um eventual retorno de Trump ao poder possa favorecer uma reviravolta no cenário político brasileiro.

No entanto, especialistas consideram essa estratégia arriscada e improvável. O ex-ministro das Relações Exteriores Aloysio Nunes, por exemplo, afirmou que Bolsonaro se tornou uma “carta fora do baralho” na política internacional e que os Estados Unidos dificilmente interviriam em questões internas do Brasil. Segundo ele, mesmo que Trump vença as eleições nos EUA, sua prioridade será lidar com desafios internos e não interferir no sistema eleitoral de outro país.

A inelegibilidade de Bolsonaro foi determinada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com base em reuniões que ele teria promovido para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. Para reverter essa decisão, Bolsonaro precisaria contar com mudanças na Justiça brasileira, o que dependeria de uma reorganização política e jurídica que está fora do alcance de qualquer influência estrangeira.

Ademais, a relação entre os Estados Unidos e o Brasil segue um padrão de pragmatismo histórico. Mesmo durante o governo Bolsonaro, a administração Trump não interferiu diretamente em decisões políticas do Brasil, focando mais em acordos comerciais e estratégicos. Não há razão para acreditar que isso mudaria agora.

Outro ponto a ser considerado é que, apesar da proximidade política entre Bolsonaro e Trump, a dinâmica eleitoral nos EUA segue regras próprias. Trump enfrenta vários desafios legais e políticos que podem comprometer sua candidatura, tornando ainda mais incerta qualquer possibilidade de ajuda ao ex-presidente brasileiro.

Os aliados de Bolsonaro que acreditam na influência de Trump também ignoram o fato de que o atual governo de Joe Biden mantém boas relações com o Brasil. A diplomacia americana dificilmente se envolveria em uma tentativa de reverter uma decisão tomada por um tribunal soberano.

A tentativa de Bolsonaro de se manter relevante no cenário político, apostando na ajuda de um aliado estrangeiro, pode ser interpretada como uma estratégia para manter sua base mobilizada. No entanto, a realidade é que a situação jurídica e política do Brasil segue um caminho independente da política dos EUA.

O Brasil possui instituições democráticas consolidadas, e qualquer mudança na inelegibilidade de Bolsonaro passaria pelo próprio sistema jurídico brasileiro. Mesmo dentro do Congresso Nacional, onde Bolsonaro ainda possui apoio, não há sinais concretos de que a decisão do TSE possa ser revertida.

Portanto, a esperança de Bolsonaro em uma intervenção externa não passa de um discurso político sem fundamento prático. Para voltar ao cenário eleitoral, ele precisaria apostar em estratégias internas, como a revisão de suas sentenças na Justiça brasileira ou uma possível candidatura de um aliado próximo que dê continuidade ao seu projeto político.

Dessa forma, o futuro de Bolsonaro depende muito mais das dinâmicas políticas do Brasil do que de qualquer movimentação internacional. Embora Trump e Bolsonaro compartilhem ideais, a real influência do ex-presidente americano sobre o destino político do brasileiro é bastante limitada.

 

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