O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), manteve o prazo para que a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresente sua resposta à denúncia sobre um suposto plano de golpe. O limite segue até a próxima quinta-feira (6), sem prorrogação.
A decisão de Moraes ocorre após pedidos repetidos da defesa para estender o prazo. Os advogados de Bolsonaro argumentaram que a Procuradoria-Geral da República (PGR) levou 83 dias para formular a denúncia e solicitaram o mesmo período para a resposta. No entanto, o ministro negou o pedido, reforçando que o prazo processual deve ser respeitado.
A negativa gerou forte reação da defesa do ex-presidente, que alega dificuldades para analisar todo o material da acusação no tempo determinado. Os advogados afirmam que há milhares de páginas nos autos, além de áudios e vídeos que demandam análise detalhada.
Bolsonaro é acusado de participação em um suposto plano para subverter a democracia e se manter no poder após a derrota nas eleições de 2022. A PGR sustenta que o ex-presidente e aliados articularam medidas para desacreditar o processo eleitoral e fomentar um ambiente propício para um golpe de Estado.
Entre as evidências apresentadas na denúncia estão reuniões gravadas, mensagens trocadas entre militares e aliados políticos e documentos que sugerem a intenção de alterar o resultado eleitoral por meio de medidas inconstitucionais.
O ex-presidente nega as acusações e se diz vítima de perseguição política. Seus advogados sustentam que não há provas concretas de sua participação em qualquer tentativa de golpe e que a denúncia tem viés ideológico.
O caso segue sob grande atenção política e jurídica, com potencial impacto nas eleições de 2026. Se a denúncia for aceita pelo STF, Bolsonaro poderá se tornar réu e enfrentar um