Feminicídio em Planaltina: Jovem grávida é assassinada a tiros dentro de igreja
A violência contra as mulheres fez mais uma vítima no Distrito Federal. Géssica Moreira de Sousa, de apenas 17 anos, foi brutalmente assassinada com um tiro na cabeça enquanto participava de um culto na Igreja Assembleia de Deus Casebre, no Núcleo Rural da Rajadinha, em Planaltina (DF).
Grávida de dois meses, a jovem deixou duas filhas pequenas. O principal suspeito do crime é seu ex-companheiro, Vandiel Próspero da Silva, que está foragido.
Crime em meio à fé
O crime chocante aconteceu na noite do último sábado. Testemunhas relataram que Géssica estava concentrada na celebração religiosa quando Vandiel invadiu o templo e, sem dar qualquer chance de defesa à vítima, disparou contra sua cabeça.
O feminicídio gerou comoção entre os fiéis e moradores da região, que exigem justiça e maior proteção para mulheres vítimas de violência doméstica. O caso reacende o debate sobre medidas preventivas e punições mais severas para agressores reincidentes.
A polícia civil do Distrito Federal está mobilizada na busca por Vandiel, que já possuía um histórico de violência contra Géssica. Familiares da jovem afirmaram que ela temia por sua vida e já havia registrado boletins de ocorrência contra o ex-companheiro.
Organizações de defesa dos direitos das mulheres têm pressionado as autoridades para que o caso não caia no esquecimento e para que políticas públicas sejam fortalecidas no combate ao feminicídio.
O velório da jovem foi marcado por dor e revolta. Amigos e familiares prestaram homenagens e relembraram sua dedicação à família e à igreja. “Ela queria recomeçar a vida, mas foi impedida de forma cruel”, lamentou uma amiga próxima.
Enquanto o suspeito segue foragido, a polícia pede a colaboração da população para qualquer informação que possa levar à sua captura. Denúncias podem ser feitas anonimamente através do Disque 197.
A morte de Géssica é mais um alerta para a urgência de medidas efetivas no combate à violência de gênero no Brasil. A sociedade clama por justiça e por um futuro onde mulheres não precisem viver com medo.