Falecimento de Jorge Antônio Roseira dos Passos, o “Roberto Carlos da Liberdade”
Jorge Antônio Roseira dos Passos, mais conhecido como o “Roberto Carlos do bairro da Liberdade”, faleceu no domingo (18), aos 69 anos. Ele foi sepultado na manhã seguinte, segunda-feira (19), no cemitério Campo Santo, localizado na Federação.
Jorge, um personagem local querido, ganhou o apelido de “Roberto Carlos da Liberdade” após participar do programa de calouros de Waldir Serrão, o Big Ben, nos anos 1970. Serrão, um pioneiro do rock’n’roll na Bahia, ofereceu a Jorge uma plataforma para mostrar seu talento. Ao imitar o cantor Roberto Carlos, Jorge conquistou o apelido que o acompanhou pelo resto da vida.
Presença Constante e Querida
Apesar de morar na Federação, Jorge era fortemente associado ao bairro da Liberdade. Ele era uma figura familiar, muitas vezes vista dançando nas portas ou dentro das lojas do bairro. Sua alegria e energia eram contagiantes, e ele era um símbolo do comércio local.
Edna Mendonça, uma cabeleireira local, expressou sua tristeza ao saber da notícia: “Desde pequena eu o via dançando, sempre alegre… era um símbolo mesmo do comércio da rua Lima e Silva. Já estou sentindo saudades”.
Impacto na Comunidade
Roberto Carlos, como era carinhosamente conhecido, deixou uma marca indelével não apenas na Liberdade, mas também na cidade como um todo. Sua presença constante e alegre no bairro do Ilê Aiyê, onde dançava e interagia com os transeuntes, fez dele uma figura folclórica tão icônica quanto a Mulher de Roxo e o Guarda Pelé.
Seu último ponto fixo foi na loja Ricardo Eletro, localizada na entrada da Central, onde sua presença era tão constante que parecia ser mais assíduo do que os próprios funcionários.
Um Legado Duradouro
A história de Jorge Antônio é um lembrete do poder da música e da dança para unir as pessoas e trazer alegria à comunidade. Sua energia inesgotável e seu amor pela música deixaram uma marca indelével na comunidade.
Embora ele não esteja mais conosco, seu espírito e legado continuarão vivos nas memórias daqueles que tiveram a sorte de conhecê-lo. Ele será lembrado não apenas como o “Roberto Carlos do bairro da Liberdade”, mas também como uma figura amada e inesquecível.